IGREJA BATISTA ORIGEM

Igreja Batista é uma denominação que surgiu na Europa através de vários grupos que pensavam da mesma forma. Não tem data oficial de criação, pois foi surgindo aos poucos em vários lugares diferentes da Europa. Nunca houve, oficialmente, uma igreja fundadora, nem um fundadoɾː a expressão apareceu em vários tempos e lugares diferentes.
As Igrejas batistas interpretam o batismo (imergir em água) como uma exposição pública de sua fé.
A denominação historicamente é ligada aos dissidentes ingleses ou movimentos de anticonformismo do século XVI. Um importante movimento batista surgiu em uma colônia inglesa na Holanda, num tempo de reforma religiosa intensa.
A Igreja Batista é uma denominação histórica. A maioria das igrejas batistas escolhem associar-se com grupos que fornecem apoio sem controle. A maior associação batista é a Convenção Batista do Sul, dos Estados Unidos, com pouco mais de 16 milhões de membros e mais de 42 mil igrejas filiadas, mas há muitas outras associações de batistas no mundo.
Esta organização, porém, não faz parte da Aliança Batista Mundial (WBA), que congrega a maior parte - 231 convenções e associações nacionais batistas em 121 países, com pouco mais de 42 milhões de membros e 177 mil igrejas.
No Brasil, as maiores são a Convenção Batista Brasileira e a Convenção Batista Nacional, ambas filiadas à Aliança Batista Mundial.
Origem
Devido à falta de registros e ao fato de terem existido varias referências a igrejas com o nome Batista desde o século I, não existe uma origem oficial. Mas existem varias igrejas batistas fundadas em diversas épocas com fundadores diferentes.
Uma história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é o surgimento como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. Essa igreja nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas.
John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim uma igreja batista organizada.
Até então, o batismo não era por imersão, só os batistas particulares, por volta de 1642, adotaram oficialmente essa prática tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a defender o imersionismo no batismo.
Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Batatans e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612.
A perseguição aos batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O Peregrino enquanto estava preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648.
Em terras americanas os batistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação, a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior igreja evangélica dos Estados Unidos.
APESAR DESSA HISTÓRIA EXISTEM PROVAS QUE ANTES DESSA ÉPOCA OS BATISTA JÁ EXISTIA:
O cardeal Hosius (1504-1579) era um prelado Católico Romano cuja obra vitalícia foi a investigação e supressão de grupos não Católicos. Foi nomeado pelo Papa Paulo IV um dos três presidentes papais do famoso Concílio de Trento. Liderou vigorosamente a obra da contra-reforma. Se alguém conheceu as doutrinas e a história de grupos não Católicos após a Reforma, era o Cardeal Hosius.
Ele disse: "Se os Batistas não fossem atormentados e cortados fora com a faca durante estes últimos 1.200 anos, fariam um enxame de maior número que todos os Reformadores." (Cartas Apud Opera, pp. 112, 113). Note cuidadosamente que este erudito autoridade Católica falou da ferrenha perseguição que os Batistas sofreram, e que ele claramente faz distinção entre eles e os reformadores (protestantes), e que ele os data 1.200 anos antes da Reforma Protestante.
Além disso os Batistas foram perseguidos severamente pelos Reformadores Protestantes e seus seguidores. Milhares não contados perderam seus bens, suas terras e suas vidas nestas perseguições. Konrad Grebel morreu na prisão em 1526. Felix Manz foi afogado pelas autoridades em Zurich em 1527. O notável líder Batista Balthauser Hubmaier foi queimado vivo em Viena no dia 10 de março de 1528. Três dias depois, sua esposa morreu afogada, lançada que foi da ponte sobre o Rio Danúbio com uma pedra amarrada ao pescoço.
Os fatos afirmam abundantemente a evidência de que historicamente os Batistas não são Protestantes.
Igrejas Batistas no Brasil
Os imigrantes dos Estados Unidos fundaram a primeira igreja batista do Brasil. Na foto, a Capela do Campo, no Cemitério do Campo, em Santa Bárbara d'Oeste.

Por força da Guerra Civil Americana de 1865, confederados do Sul dos Estados Unidos, começam a buscar outras terras de potencial agrônomo. O Brasil foi um dos países escolhidos. Logo, em 1867, grupos de estadunidenses que somaram mais de 50 000 pessoas desembarcam nos portos brasileiros em busca de refúgio e terra fértil, vasta e barata.
Avançando para o continente, escolhem a cidade de Santa Bárbara d'Oeste, para adquirirem terras e fixarem residência. Entre os emigrados, a maioria professava o protestantismo e alem desses, muitos eram batistas. Já em 1870, fizeram publicar um "Manifesto para Evangelização do Brasil." Tal manifesto, assim que publicado contou com assinaturas de Presbiterianos, Metodistas, Congregacionais e, por um batista, o jovem Pastor Richard Raticliff, um dos emigrados, cuja família havia convertido através de Thomas Jefferson Bowne nos Estados Unidos.
Em 1871, Batistas emigrados dos Estados Unidos organizam a Primeira Igreja Batista no Brasil Para Estrangeiros em Santa Bárbara d'Oeste. Anos mais tarde, em 1879, outro grupo de emigrados faz surgir a segunda Igreja Batista em solo brasileiro, em Santa Bárbara d'Oeste, no bairro da Estação, onde, atualmente, se localiza a cidade de Americana.
Os Batistas de então, em Santa Bárbara d'Oeste, se unem para solicitar, à Junta de Richmond, dos Estados Unidos, o envio de missionários ao Brasil. O trabalho de evangelização é intenso e os brasileiros tornaram-se menos preconceituosos quanto à nova doutrina. Em 1881, chegam William Buck Bagby e Ana Luther Bagby; Zacarias Taylor e Katarin Taylor. Os primeiros missionários são recebidos em Santa Bárbara d'Oeste e logo filiam-se à Igreja Batista existente e começam a estudar a língua portuguesa, tendo Antonio Teixeira de Albuquerque como professor.
Pouco tardou para que os dois casais de missionários, unindo-se a Antonio Teixeira de Albuquerque rumassem para o Estado da Bahia, onde em 1882, organizaram a primeira congregação formada por brasileiros e a chamou de Primeira Igreja Batista do Brasil Para Brasileiros em Salvador (seria, oficialmente, a primeira igreja Batista do Brasil). Em um ano, aquela igreja já contava setenta membros. Salvador também possuía uma comunidade de estadunidenses que fugiram da Guerra de Secessão.
Enquanto isto, no Recife, o missionário batista William Buck Bagby participa da conversão do sacerdote católico Antonio Teixeira de Albuquerque. Por causa de perseguição, Teixeira de Albuquerque tentou refugiar-se em Maceió, sua terra natal, mas acabou mais tarde escolhendo Capivari, no Estado de São Paulo. Vindo a conhecer os batistas em Santa Bárbara d'Oeste, batiza-se, é ordenado pastor e ajuda a comandar a evangelização que se iniciava entre brasileiros, franceses, ingleses e estadunidenses.
O Pastor Antonio Teixeira de Albuquerque, casado, rumou a Maceió, onde organiza a Primeira Igreja Batista e prega para seus pais. A vida de Teixeira de Albuquerque foi curta, vindo a falecer aos 46 anos de idade.
O Brasil não resistiu às pressões sociais e políticas, internas e externas, vendo capitular o Império, sendo proclamada a República, em 1889. Nela a liberdade religiosa estava consagrada na Constituição, ainda que, por enquanto, apenas no papel.
De Salvador, os missionários seguiram para outras capitais, plantando igrejas. De volta a São Paulo, com outros missionários recém-chegados foram organizando outras novas igrejas a partir de 1899 em São Paulo, Jundiaí, Santos, Jacareí, Campinas, São José dos Campos, entre outras cidades. Já em 1904, eram 7 Igrejas Batistas no Estado de São Paulo. Essas, reunindo-se em Jundiaí, organizaram, em 1904, a Convenção Batista do Estado de São Paulo, então chamada de União Baptista Paulistana. Em 1914, eclode a Primeira Guerra Mundial, que faria ferver, até 1918, toda a Europa.
A Europa, destruída, vê muitos de seus habitantes saírem em busca de novas terras. O Brasil e, principalmente, o Estado de São Paulo, com um grande avanço na agricultura (café, cana-de-açúcar e cereais), torna-se alvo de muitos desses europeus. Fugindo da guerra, aportam, no Brasil, muitos protestantes. Somaram-se, a eles, as dezenas de casais de missionários dos Estados Unidos que continuavam chegando.
FONTE: WIKIPÉDIA
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